um dia a casa cai.
Desde criança:
um dia é da caça o outro do caçador.
Antigamente:
quem com ferro fere com ferro será ferido
olho por olho dente por dente.
Parece o homem: lobo do homem,
em diálogo consigo mesmo.
Mas agora, é o barro que fala.
Quem quer ouvir?
O homem barro
enlameado até os dentes.
De volta à casa.
Para sempre ao pó.
A casa caiu.
Aos milhares.
E os dentes, e os olhos e o ferro.
O ditado velho ficou novo de novo.
A palavra gasta não serve mais.
É tarde para reconstruir.
Até mesmo os velhos discursos.
@Ana Ribeiro pela tragédia das chuvas em Petrópolis/Teresópolis em janeiro de 2011.
Quando a natureza fala, o homem cala!
ResponderExcluirVi você lá no DS, Ana, e voltei pra deixar um comentário. Aí tenho a agradabilíssima surpresa de já encontrár o blog no seu blogroll. Obrigada, é uma honra receber o aval de alguém que escreve tão bem. Ficarei de olho em você e no Tiago.
ResponderExcluirBeihos
Que surpresa. É uma honra tê-la por aqui. Ficarei muito feliz se voltar sempre.
ResponderExcluirAna,
ResponderExcluirTens estilo, tens o condão: grata surpresa poética...
Virei mais com certeza...
Abraço poético,
Pedro Ramúcio.