Cada passo para frente não foi dado.
Assim como em um sonho de pernas desobedientes e respiração ofegante,
Sinto o peso da presa que não se desloca e a ameaça predadora ao encalço.
Há décadas, impelida à exaustão para um onde sem direção,
sempre à caça,
Corro sem sair do lugar.
Já não há chegadas possíveis quando a imposição da viagem é eterna.
Pensar é paralisante.
Às vezes é preciso ficar.
Não ir também é revolucionário.
@anaribeiro