
Coloca-se novamente a máscara.
O rosto outra vez compenetrado. Pensamentos sem folia.
Alma de ressaca.
O bar da esquina tem apenas uma porta aberta.
É hora de varrer para fora o lixo das últimas risadas, agora esquecidas, despedaçadas, imóveis, espalhadas desfalecidas pelo chão.
Um bêbado na calçada insiste em segurar o instante. Inútil.
Rua suja.
De um jeito triste. Imóvel sujeira surda.
Alegria morta. O bêbado sorri.
É o limite.
Fiéis passam para a missa.
A música é outra.
Na boca ainda ébria da véspera
um sorriso samba mesmo assim.
@anaribeiro
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