Estreitos são os laços frouxos que nos arrematam.
Desembainhados, soltam franjas gastas que se pulverizam e se prendem incomodamente nas vestes, nos cabelos, no velho tapete da sala.
A cor ainda é bonita, mas há um insuportável cheiro de mofo sobre manchas desbotadas aqui e acolá.
O nó é forte, entretanto.
E se finge de enfeite.
Um enfeite murcho sobre um vestido velho.
Não há beleza.
Delicada pressão sobre uma cintura antiga. E infinitamente mais larga. Apenas isto. Velhos laços estreitam os nós que nos prendem.
@Ana Ribeiro
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Jogo de palavras soberbo!
ResponderExcluirnós igual a nós (lª pessoa do plural)
ResponderExcluirMuito bem dito. O que será que anda matutando essa cabeça??? <3 Beijo carinhoso.
ResponderExcluirbelo texto, Ana. há um claro crescimento, vou ficar mais atento. bom ano, cabrita
ResponderExcluirhá de escapar o suspiro
ResponderExcluir...
beijo carinhoso.