Por que o céu pesa tanto
na cor dos seus olhos?
E o tempo, essa raposa de olhos oblíquos,
me espreita nas dobras da sua pele.
Por que nascemos para amar
se morremos a cada instante?
Meu coração é vesgo,
mas sabe que o céu é cinza.
Meus olhos sentem
o que seu coração não vê.
Neste instante eu sou eterna.
E eu amo na eternidade do momento.
Você está aqui.
E o sonho agora,
é apenas,
Poesia.
Ana Ribeiro - 1993
Ana,
ResponderExcluirfiquei sem voz, de novo... Que delícia de ler, ouvir e sentir!!
Beijos!
Ana,
ResponderExcluirpoema bom é o que suscita uma obra seguinte, dando continuidade à emoção da leitura. O seu céu que "pesa tanto" já está caindo da altura dos meus olhos, por exemplo.
E para o "coração vesgo" é preciso um caminho de labirintos.
Gostei muito! E que se abra a temporada de caça às raposas de olhos oblíquos!
Abraços!