A véspera é a pólvora.
O futuro do tempo é agora.
O movimento para lá é incessante
Um instante que eternamente se desintegra
se desintegra e se reelabora .
O futuro já não tarda.
Está mesmo aqui agora.
Onde? Já se foi?
A palavra bala já atinge o alvo pronta.
Atravessa-o fluido já pingando, desfirme.
O que era porta, vira torta, via aorta não retorna.
A véspera é a pólvora de pavio curto
que não se inflama
O futuro do tempo é agora.
Eu: um muro, uma ponte, uma corda.
Que não liga, não toca, não prende.
Eu: um elo que não se fecha,
elo sem corrente.
Minha inutilidade é patética.
O tempo: seus passados e futuros somente existem em mim
E eu sou só presente.
@Ana Ribeiro
"O tempo: seus passados e futuros somente existem em mim
ResponderExcluirE eu sou só presente."
Bravo!!!
"Eu: um muro, uma ponte, uma corda.
ResponderExcluirQue não liga, não toca, não prende.
Eu: um elo que não se fecha,
elo sem corrente."
Bravo!!!
(não consigo dizer mais nada, Ana. Nem mesmo deu pra ser original, rs)
Cara Ana... irretocável o poema... só li este... tive algum receio de avançar para outro texto seu e depois (sabe como são estas coisas das expectativas criadas, não sabe???)... vou com calma... avançando lentamente e espero ter oportunidade de ler o próximo post... só por este poema que eu li, posso afirmar: Temos poeta ou poetisa (se preferir)... Até breve,
ResponderExcluirOzias