quarta-feira, 27 de abril de 2011

MEMÓRIA DAS COISAS

                                            

PEDRA, CASCALHO, ESCOMBRO, ESTILHAÇO.
CACO, MIGALHA, RESÍDUO, PEDAÇO.
FRAGMENTO,  POEIRA, FARELO, TRAPO.
TUDO SE REDUZ.
CINZA, PALHA, CISCO, CONCRETO.
EU, VOCÊ, LONGE E PERTO.
NADA NÃO EXISTE.
TUDO É RESTO.
@Ana Ribeiro

quarta-feira, 6 de abril de 2011

o Breu

A escuridão nos acolhe como um berço
Silêncio que sussurra, aguça os sentidos, liberta a mente
O breu fala por si, impõe-se, contorna-nos.
O respiro sobe e os olhos vão às mãos
Cheira medo, descoberta, aflição, desejos
Provoca-nos vida, revida, susto!
Espreita-nos os calos, calo, mudo, refúgio.
O escuro engrandece qualquer centelha.
No preto a diferença se assemelha.
A maquilagem não diz mais nada
E o sorriso nasce antes na imaginação.
@Ana Ribeiro

Sentença

 Todo mundo vai morrer. Mas ninguém devia morrer de câncer. Porque de câncer não se morre... se vai morrendo... O gerúndio como o grande mal...